Coisas que não entendo... nem quero!

Bem sei que até Maio, e consequente queima das fitas, caloiro é caloiro.
O que eu não compreendo muito bem é porque é que em Janeiro, alguns caloiros ainda usam uma t-shirt já imunda que diz "Puto... A praxe é uma coisa que a mim me assiste.".
Ora está bem... Cada um tem a sua mania, mas eu não me orgulharia de andar com uma daquelas t-shirts foleiras (rotas e imundas) a passear-me no bar da faculdade e orgulhosamente pela rua.
Felizmente que no tempo em que fui caloira, e já lá vão uns anos largos, não éramos"obrigados" a envergar aquela coisa o ano todo e até só a colocavam à venda uma semana antes da queima, mas está bem!
Pois agora, aos trinta e um anos, decorridos treze anos da minha primeira entrada na faculdade (em que fui praxada, sim!) continuo sem conseguir perceber o porquê da coisa... Integração?!
Dizem que é isso.
Ora a mim não me parece que andar de joelhos e a levar com ovos e farinha (que tinham melhor destino no banco alimentar), fazer de cinzeiro pessoal (entre outras genialidades que tal) de pseudo-doutores dos quais não se percebe nada do que dizem, porque falam aos berros, possa ser a melhor forma de integrar quem quer que seja.
Em boa verdade não admito que ninguém me levante o tom de voz, quanto mais ter uns sujeitos que nunca me foram apresentados na vida, a berrarem-me aos ouvidos...
E realmente, figura de parvos todos fazemos em algumas ocasiões na vida, mas daí a passearmos com uma t-shirt que diz "Puto... A praxe é uma coisa que a mim me assiste", ou seja, "Puto... Ser parvo todos os dias é uma coisa que a mim me assiste" é coisa para me causar uma certa confusão, para não dizer repulsa mesmo.
Mas isso sou eu que dizem que tenho mau feitio e parece que não percebo nada da vida em sociedade.

Lux