Os amigos.
Aqueles especiais... Que mesmo distantes nunca partiram e estão sempre onde os deixamos.
Aquelas amizades que parecem mais velhas que nos próprios.
Que já são tantos anos juntos, períodos bons, períodos maus, gritos de alegria, silenciosos pedidos de ajuda que só eles percebem.
Aqueles a quem podemos dizer que sim, que está tudo bem, quando na verdade só nos estamos a enganar a nos próprios, porque eles... Eles já perceberam que estávamos mal antes de o sabermos.
Aqueles por quem o tempo não passa.
Nem o tempo, nem a distância.
Aqueles que sabemos pela sua ausência que está tudo bem e que essa ausência é bom sinal.
Aqueles que contam histórias nossas de há dez anos que já nem nos lembrávamos.
Aqueles com que vamos para os copos, com que nos rimos, a quem seguramos a cabeça porque bebeu demais e estômago põe tudo cá fora nos sítios mais inconvenientes, aqueles que andam silenciosos por causa da ressaca ao domingo, aquele com que choramos até nos saírem as entranhas e nos rimos até nos doer a barriga.
Aqueles com quem projectamos futuros em crianças e agora comparamos o que conseguimos, o perdemos, o que ganhamos, mas sempre "aqueles".
Aqueles que fazem a vida valer a pena e dão sentido à palavra amizade, tantas vezes confundida com tantos outros adjectivos.
Aqueles que não nos deixam fazer merda... Bom, pelo menos sozinhos.
Por isso e por tudo o mais, o meu obrigado "aqueles" por existirem, por serem exactamente como são e por fazerem parte da minha vida.
Lux
