Um adeus à Che.
À minha Che que tanto estimava e com a qual passei momentos inesquecíveis.
À minha Che que quando saíamos à rua, no verão, conseguia pôr as esplanadas inteiras a olharem.
À minha Che que conseguia por os outros a olharem, com ar duvidoso, para mim.
À minha Che maldisposta e assustada, que tentava chicotear-nos sempre que podia.
À minha Che que vinha à minha mão comer alface fresca.
À minha Che para quem arranjava as melhores saladas frescas, de vegetais e frutas.
À minha Che que me fazia voltar sempre a casa às 20h para lhe desligar uma das luzes para dormir.
À minha Che que ficou à guarda do meu ex-namorado quando nos separamos.
À minha Che que se apagou e nem sei porquê, nem quando ao certo.
À minha Che que foi a primeira e, de certo, a última iguana na minha vida.
À minha Che que ajudou a tornar-me a pessoa que sou, que me marcou pela diferença e me mostrou o respeito devido a todas as criaturas vivas.
À minha Che que primeiro estranhei, depois entranhei.
Lux