O dia que talvez mais me tenha marcado porque o vivi e não o li num livro de história.
O dia que me arrebatou de vez a inocência aos 21 anos.
O dia em que percebi realmente o mundo cruel em que habito.
O dia em que todas as certezas que todo o mundo ocidental tinha caíram por terra.
O dia em que me envergonhei, mais uma vez, de pertencer à espécie humana.
O dia que me confirmou porque sou ateia e porque sempre o serei.
O dia que decidiu por mim que não, que definitivamente não queria e não teria filhos.
O dia que espero que, pelo menos, sirva para refletir não só sobre a matéria de que somos feitos, porque no fundo somos todos humanos, mas também do que realmente somos capazes.
Lux